terça-feira, 23 de dezembro de 2003
O Natal
O Natal é celebrado em todo o lado, menos na casa de banho. Toda a gente sabe isto. Tudo começou no Natal dos Hospitais. A RTP ia visitar os doentinhos e maluquinhos para lhes proporcionar um natal animado com cantores de renome como Marco Paulo, Àgata e Diapasão. Quando o Natal dos Hospitais começou a desanimar os doentes (os directores da RTP descobriram isto quando um dos doentes se tentou estrangular com o soro enquanto assistia ao Natal dos Hospitais), a SIC surgiu com a inovadora proposta: O Natal das Prisões. O Natal das prisões prupunha um formato completamente distinto do Natal dos Hospitais. Prometia levar cantores de renome como Marco Paulo, Diapasão e Àgata, não aos hospitais (e aqui é que está a inovação), mas às prisões!Uma ideia genial que não podia falhar! Não falhou. Houve pessoas que viram este programa. Aquelas pessoas tetraplégicas, sem comando de TV ou cadeira de rodas. Estas pessoas viram o Natal das Prisões. Mas pergunto-me. E quando a luz da casa dessas pessoas for cortada por não terem cadeira de rodas para pagar a conta da electricidade? O Natal das Prisões irá ficar sem audiências e qual será a próxima ideia genial? Eu tenho uma ideia revolucionária. Porque não convidar cantores de renome como Àgata, Marco Paulo e Diapasão para uma agência funerária e fazer o Natal na Funerária? Os doentes e os presos ficam tão animados com o Natal dos hospitais e das prisões quanto os mortos com o da Funerária...
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